23 abril, 2015

É funcionário público e vê o Estado como o grande motor económico? Não hesite, vote António Costa…


Os 12 escolhidos de Costa (já vi isto em qualquer lado…), elegeram como grande prioridade a reposição dos cortes na função pública e o fim da sobretaxa de IRS. Chamam-lhe o “fim da austeridade”.

http://www.publico.pt/economia/noticia/economistas-do-ps-propoem-imposto-sobre-herancas-acima-de-um-milhao-de-euros-1693137?page=-1
“Para além de Mário Centeno, fazem parte do grupo de trabalho Paulo Trigo Pereira (ISEG), Sérgio Ávila (vice-presidente e secretário das Finanças do Governo Regional dos Açores), Manuel Caldeira Cabral (Universidade do Minho), Vítor Escária (ISEG e ex-assessor de José Sócrates), Elisa Ferreira (eurodeputada do PS), João Galamba (do Secretariado de Costa), João Leão (ex-director-geral do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério de Economia), João Nuno Mendes (Comissão Política do PS), Fernando Rocha Andrade (Universidade de Coimbra) e Francisca Guedes de Oliveira (Universidade Católica do Porto).”
 
Evidentemente, esta opção é totalmente alheia à circunstância a eles próprios terem o Estado como entidade patronal!
 
Estou certo que, se grupos de economistas oriundos do sector privado fossem chamados a pronunciar-se, a prioridade seria unânime: a restituição, mediante a subida da despesa pública suportada pela generalidade dos contribuintes, do poder de compra dos funcionários públicos. 


Muito se tem falado sobre a credibilidade do cenário macroeconómico apresentado pelos socialistas. Logicamente, os políticos da atual maioria têm criticado a credibilidade do mesmo, mas, é possível aferir o grau de confiança a ter nos pressupostos através do critério dos próprios socialistas.


Foi recentemente que o governo apresentou as suas previsões económicas para o período 2015 – 2019:

“Quanto às previsões para 2016, o Governo antecipou no Documento de Estratégia Orçamental (DEO), apresentado em abril do ano passado, que a economia portuguesa deveria crescer 1,7% no próximo ano.”


Ora, os mesmos que, relativamente a previsões do Governo que apontam um crescimento de 1,7%, as classificam de “irrealistas”, “fantasiosas”, “excessivamente otimistas”, etc.. (enfim, o habitual…), são os mesmos que, no seu cenário macroeconómico do credibilíssimo “Uma Década para Portugal”, estimam um crescimento de… 2,6%!

Note, este partido que vê Portugal a crescer 2,6% para o ano é o mesmo que, todos os dias, culpa um governo “obcecado com a austeridade” pela crise que o país (ainda) atravessa.
 
Governo esse que, recorde-se, governará praticamente até ao final de 2015... Que magia, que milagre, terá sido revelado aos 12 escolhidos de Costa, para afirmarem que logo em 2016 existirá um crescimento do PIB de 2,6%?!... 


Enfim, o tuga engole tudo…

Só para recordar outros estudos e/ou medidas com a chancela de credibilidade da Escola de Economia do Largo do Rato:

“SCUT – As autoestradas que se pagam a si próprias”


“O TGV é um projeto auto-sustentável”

 

“A nacionalização do BPN, não custará um cêntimo aos contribuintes.”


“Investir em energias renováveis, para colocar Portugal na linha da frente da” economia verde".

 


 

6 comentários:

  1. Não pude resistir, amigão!
    http://www.caoquefuma.com/2015/04/e-funcionario-publico-e-ve-o-estado.html

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  2. Abraço Jim.

    Depois de ver tanto elogio à "credibilidade" do documento elaborado pelos apóstolos de Costa, também não resisti e tive de escrever qq coisa...

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  3. Ninguém é capaz de perguntar ao AC o que se passou desde o dia 11 de abril até hoje que o fizesse mudar de opinião sobre a descida da TSU para as empresas? O chamuça dizia isto dia 11 do corrente mês:
    "Será justo voltar a reduzir as contribuições da Taxa Social Única [às empresas] antes de se reporem os antigos escalões do IRS [Imposto sobre o Rendimento Singular] que introduziram uma enorme distorção e que aumentaram a regressividade do IRS e constituíram um brutal aumento da carga fiscal sobre a classe média?", referiu o líder socialista.

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  4. Caro Brytto, essa e muitas outras perguntas ficam por fazer...

    - a penthouse da Av da Liberdade;

    - as ligações "priviligiadas" entre a CM Lisboa e os Espirito Santo;

    - as trapalhadas em torno do Orçamento da CML para 2015...

    Enfim, há toda uma imagem de político credível que é preciso preservar: o Jornalismo decidirá, pelos portugueses, quem tem cadastro suficientemente limpo para chegar a PM.

    Cumprimentos

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  5. É sempre um privilégio vir a este blog! Parabéns!

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  6. Caro Alberico Lopes, Obrigado.

    Volte sempre, a porta está sempre aberta...

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