23 outubro, 2013

Portugal e a “Relação de Causa e Efeito”


Notícia de 2008:

“O primeiro-ministro, José Sócrates, defendeu hoje que o investimento público é "absolutamente essencial" nesta altura de crise financeira internacional e destacou as energias renováveis como uma das principais apostas do Governo.”

 
Notícia de 2010:

“O Governo aprovará nos próximos dias uma proposta para aumentar a potência da energia eólica em 400 megawatts, o que representará um investimento na ordem dos 400 milhões de euros, anunciou José Sócrates.”

 


Evidentemente, não há qualquer relação entre as notícias anteriores e as que se seguem…

Notícia de 2013:

 Factura da luz das famílias portuguesas é a mais pesada da Europa a 15

“Comentando a evolução dos preços desde 2009, o relatório salienta que, "talvez de forma inesperada, os preços da electricidade em Portugal e Espanha (que têm um mercado integrado, o Mibel), que costumavam estar abaixo da média da União Europeia a 15, sofreram saltos impressionantes e estão agora entre os mais elevados da Europa".”

 
Mas este descalabro não ficará por aqui, pois – apesar dos enormes aumentos da eletricidade que ocorreram nos últimos 10 anos – o que os portugueses têm desembolsado não chega para cobrir os custos do sistema! Os produtores de energia e a banca, têm vindo a acumular um crédito denominado défice tarifário.

NOTA: A mesma notícia, refere que os cortes ditados pelo actual governo nas “rendas excessivas” dos produtores de energia permitiram aliviar um aumento dos preços de 11%, sensivelmente. Claro que o PS se "escandalizou" por esses cortes não terem "ido mais longe"…



Recapitulemos:

“Factura da luz das famílias portuguesas é a mais pesada da Europa a 15”, mas ainda terão de pagar, um dia destes, mais 3,7 mil milhões de euros… 

Porreiro, pá!


Portugal, é isto… uma sociedade e uma classe jornalística que passa a vida a (supostamente)  clamar pela incompetência dos seus governantes, mas  não entende (ou não quer entender) o processo de “causa - efeito” entre a governação socialista recente e o estado de bancarrota em que Portugal se encontra.


Brevemente, numa entrevista perto de si:

"Jornalista fascinado": “Que balanço faz da sua aposta de subsidiação das energias renováveis ?”

“Ingenheiro”: não sabia o que aquilo era!”…