Foi grande a indignação pela agenda (oficial, pelo menos…) imposta pelo PR neste Conselho de Estado…
"Conselho de Estado não devia discutir o além"
“Foi passando ao lado desta realidade cada vez mais trágica que se realizou ontem o Conselho de Estado…”
“Portugueses estão preocupados com o dia de amanhã e não com o pós-troika”
“Foi passando ao lado desta realidade cada vez mais trágica que se realizou ontem o Conselho de Estado…”
“Portugueses estão preocupados com o dia de amanhã e não com o pós-troika”
Tanta indignação pelo facto de um conjunto de pessoas querer pensar num horizonte de 2, 3, 10 anos... Será isto razão para tanta indignação? Não terão sido precisamente os anos a fio a pensar apenas no "dia de amanhã"- em vez do médio e longo prazo -, que trouxeram os portugueses a esta triste situação?!
Somos um País de “profissionais da indignação”. Os mesmos comentadores que frequentemente (e bem) apontam a incapacidade portuguesa de preparar o futuro, que se indignam com os nossos decisores políticos por estes se preocuparem apenas com o “dia seguinte” ou as próximas eleições, em vez de concretizarem as reformas fundamentais para as gerações seguintes, de um momento para o outro, perante uma iniciativa que tenta enveredar por essa via, preferem alinhar no discurso fácil, dizer o que “o povo quer ouvir”…
Sejam crescidos e parem de “vender ilusões” aos portugueses. Portugal, vai ter austeridade durante 10 – 15 anos (ou mais...). Irá muito para lá de Passos & Gaspar, deste governo PSD/CDS, do próximo do PS e de quem vier a seguir... A mudança na estrutura do Estado que falta fazer, será muito complicada de concretizar e enfrentará sempre enormes resistências pois ela constitui uma ameaça ao “status quo” da capital e do regime…
No entanto, só essa mudança – o abandono do modelo dos empregos "sustentados pela burocracia” e a sua substituição por actividades produtivas (como a aposta nos sectores da agricultura e indústria) -, poderão proporcionar uma redução do fardo dos impostos sobre cidadãos e empresas, o aumento (por essa via) do rendimento disponível e, um futuro sustentável para os portugueses. Sem isso, TODOS, estaremos condenados.