29 abril, 2013

O “Neoliberalismo de esquerda”, tem outro Glamour…




Pelos vistos, durante o congresso do PS, Seguro veio defender uma redução de rácios de solvabilidade da banca…hmmmm, isto é de socialista ou neoliberal?!
 
Recordemos outras medidas que o partido que se diz socialista e combatente do neoliberalismo, implementou quando esteve no poder como os (agora célebres) empréstimos cruzados com contratos "swap", as cláusulas especulativas nas PPP
 
Não é  lindo, o "socialismo"? Às 2ªs, 4ªs e 6ª feiras, vemos socialistas empenhados na luta sem tréguas à "economia de casino".  Sacudindo a água do capote da sua governação recente, qualquer socialista que se prese, inclui no seu discurso a referência sistemática  às responsabilidades do sector financeiro na crise em que Portugal está mergulhado actualmente -esses sim, esses é que são os culpados pelos cortes e sacrifícios que os portugueses têm de fazer.  

Depois, às 3ªs e 5ª feiras, embrulhado com umas balelas de “alternativa de esquerda”, que “as pessoas são mais importantes que os números” ou da “luta contra a austeridade”, serem, na prática,  os maiores fomentadores dessa mesma especulação financeira! 
Mas, graças a um jornalismo medíocre e a redacções que pasmam e veneram, tudo o que tenha um “rótulo de esquerda”, esta posição hipócrita  não é desmascarada!...
 
Em Portugal um socialista pode dizer de tudo. Fosse um político de (centro)direita e, imediatamente, seria acusado de pensamento “neo-ultra-liberal” ou apelidado de "lacaio da banca e da goldman sachs"!
Portugal:

 Uma república socialista, “a bombar” desde 1974…





27 abril, 2013

Portugal, é isto…


Em apenas 6 anos duplicaram a dívida pública portuguesa, aumentando em cerca de 4.000 M € / ano, o valor de juros que Portugal tem de pagar aos seus credores … os contribuintes das gerações futuras que paguem. 

Auto-estradas foram lançadas com um período de carência de pagamento às concessionárias de 5 anos… fazem-se as obras, mantém-se artificialmente algum emprego e crescimento do pib, o Estado até arrecada alguma receita à conta da dívida... 5 anos depois e ao longo de 40 anos, os contribuintes das gerações futuras que paguem.


As empresas públicas tinham de mostrar balanços e demonstrações de resultados mais “limpinhos”? Simples, através de uns contratos swap, é possível contrair dívida a taxas de juro temporariamente mais baixas, i.e., no curto prazo os resultados financeiros melhoram, em contrapartida, no médio / longo prazo, essas taxas podem crescer até 20% e originar perdas de 3.000 milhões €… os contribuintes das gerações futuras que paguem. 

Quem, nestes 3 casos, não consegue identificar um padrão de actuação de gestão danosa da “coisa pública” e sistemático benefício do sector financeiro?!
 
Portugal, é isto… uma classe jornalística que não entende (ou não quer entender) o processo de “causa - efeito” da governação socialista recente no estado de bancarrota em que Portugal se encontra. Por ex., até ontem, este "caso swap" foi passando para a opinião pública como "mais um escândalo" da responsabilidade deste governo, quando se trata de mais uma herança socretina.
 

 
 
Redacções e comentadores, continuam a criar um cenário no qual os maiores responsáveis pelos sacrífícios que os portugueses têm que fazer actualmente, se permitem aparecer perante a opinião pública como "salvadores do povo"... cria-se um cenário que - aos olhos de alguém que venha de fora e apenas tenha informação pelo que vê, lê e ouve na comunicação social -, só possa concluir que a crise actual se deve a Passos & Gaspar, esses governantes maléficos.

À passagem de mais um 25 de Abril, esta "democracia madura"(?!) permanece um sítio onde, independentemente da substância, qualquer coisa que tenha o rótulo socialista é visto como algo intrinsecamente bom,um povo português sem memória e  facilmente manipulável que, ao mínimo aceno de facilidades e “banha da cobra”, não se importa de ter esses governantes de volta – o  que importa são as aparências, o que importa é o "rótulo"!




26 abril, 2013

Cavaco Silva: de bestial a besta...




Sumário executivo do discurso de ontem de Cavaco Silva:

Seguro e o PS, são os culpados da impossibilidade do consenso para a reforma do Estado.  

Recorde-se, em tempos bem recentes, qual era a "narrativa" dos socialistas relativamente às intervenções de Cavaco Silva:

"PS: Primeiro-ministro “profundamente isolado”
"A mensagem de ano novo do senhor Presidente da República vem confirmar algo cada vez mais evidente aos olhos de todos os portugueses. Portugal tem um primeiro-ministro profundamente isolado. Isolado politicamente e isolado socialmente", proferiu João Ribeiro, porta-voz do PS, em declarações aos jornalistas na sede do PS em Lisboa.

O porta-voz adiantou também que o discurso de Cavaco Silva revela que o país tem "um primeiro-ministro que se afastou do consenso social e político e que radicalizou o seu discurso".

De acordo com João Ribeiro " ficou também claro que o Governo não ouve ninguém. Não ouve parceiros sociais, não ouve o PS, não ouve a Igreja, não ouve a academia e não ouve o Presidente da República", acrescentou."
 
 
Confesso que foi uma surpresa ouvir o discurso de Cavaco e vê-lo sair da "zona de conforto" em que se transformou dizer umas larachas "contra a austeridade" (como se as medidas deste governo resultassem de uma opção / vontade e não de uma necessidade em resltado da governação dos últimos 15-20 anos).
 
Será que Passos, nas horas que se seguiram à decisão do TC, ia mesmo avançar para a demissão, só tendo sido travado pelo PR? Que este tentou, com o envolvimento do PS, forçar um acordo / consenso em torno da inevitável reforma do Estado, mas a recusa de Seguro & PS nesse propósito redundou no episódio de ontem)?...
 
 
E MFL?! Que confusão deve ir naquela cabeça...
 
 
 
 
 

21 abril, 2013

Entretanto a redacção do Público...


... brinda-nos com uma peça que ilustra bem um dos pilares do esquerdismo europeu: o "anti-americanismo". 

Daqui, por rui. a:

         de sarjeta
 
Este título do Público, sobre os dois assassinos de Boston: “Os irmãos Tsarnaev: um pugilista sem amigos americanos e um jovem “com coração de ouro”". Dito de outro modo: um inadaptado, que não tinha um único amigo americano, e um jovem encantador desviado pela revolta do irmão mais velho. É pena que o pasquim não tenha dedicado igual ternura às vítimas mortais dos dois incompreendidos irmãos, entre elas duas crianças. O fardo do homem ocidental é uma desgraça. Jornalismo de sarjeta!
 


18 abril, 2013

Uma reportagem interessante...


Grande Reportagem "Os Eleitos" no Jornal da Noite


Passou no final do Jornal da Noite da SIC. Uma reportagem interessante... algumas notas:

1) Sem dúvida que os Governos, português e dinamarquês, são o "produto" e o espelho das respectivas sociedades (infelizmente, por muito que nos queiramos comparar com esses países, não somos a Suécia ou a Dinamarca, andaremos mais próximos do Magrebe…);

2) É interessante constatar como os representantes da monarquia dinamarquesa dão "10 - 0" em termos de "ética republicana" aos representantes da república portuguesa ("ética republicana", recorde-se, que anda sempre na boca de alguns políticos que mais nada fizeram senão viver à custa do Estado, logo à custa do povo... alguns são apelidados de pais da nossa democracia);

3) Um reparo aos jornalistas / autores da peça: não se pode comparar a estrutura e dimensão dos dois governos. Portugal é o país mais centralizado da Europa - o único não Regionalizado. A Dinamarca (para além do governo central), conta com Regiões (5) e respectivos governos regionais – para quando reportagens a constatar a diferença de desenvolvimento entre os países centralizados Vs países descentralizados / regionalizados?


Esta foi uma análise, infelizmente, a conclusão mais generalizada da reportagem não pasará muito além de algo do género: "os governantes dinamarqueses é que são bons, nada como os nossos gatunos!"

4) "O que temos", é o que merecemos...


17 abril, 2013

Falácia da Realidade Paralela socialista


Prossegue a mensagem falaciosa de que Portugal está nesta situação miserável, não pela péssima governação e decisões tomadas pelos políticos eleitos livremente pelos portugueses nos últimos 30 anos, mas por causa da Troika, de Passos & Gaspar, da Merkel, do Tio Patinhas provavelmente…

 

O que muitos jornalistas não percebem (ou fingem não perceber…) é que "os delirantes burocratas da troika" foram chamados pelo PS há menos de 2 anos porque não haveria (daí a 1-2 meses, segundo o ministro das finanças de então) dinheiro para pagar salários e pensões. 

Na sequência disso "os delirantes burocratas da troika" emprestaram-nos dinheiro e, em contrapartida, o governo português comprometeu-se a colocar as contas em dia (aliás, nem isso, pois contas em dia seria défice ZERO) e baseado na informação então fornecida pelo governo socialista, foi assinado um memorando com medidas e previsões para 2012, 2013 (ainda nem vamos a meio…) e 2014. Portanto, fará mais sentido atribuir essas “previsões delirantes” aos governantes de então ou aos "delirantes burocratas da troika" que cá foram chamados em Maio de 2011?


Vejamos, foram "os delirantes burocratas da troika", ou os socialistas, que canalizaram, através do bendito "investimento público" à custa de dívida contraída nos "maléficos mercados", mais de 100.000 milhões de € para as grandes construtoras e a banca?! 

Foram "os delirantes burocratas da troika", ou os socialistas, os responsáveis – em resultado da dívida contraída entre 2005 e 2011 – pelo aumento em cerca de 4.000 M € / ano, o valor de juros que Portugal tem de pagar aos seus credores? Curiosamente (ou talvez não…) é precisamente esse "o" valor que agora temos a necessidade de “cortar no Estado Social” … Se ainda existissem dúvidas quanto à falta de memória e princípios neste País… esse, sim, é o nosso maior défice! 
 
O momento que Portugal vive actualmente é surrealista: ao longo dos últimos 20 anos o País deparou-se em vários momentos com 2 alternativas políticas: uma mais “à esquerda”, que defendia mais Estado Social, mais investimento público, etc., logo, mais dívida. A outra alternativa, mais “à direita”, sempre alertou para o risco dessa “receita socialista”, precisamente porque esse caminho seria gerador de uma dívida tal que, algum dia, se tornaria insustentável pagá-la. Foi isso que aconteceu, lembrem-se do que sucedeu nas eleições de 2009.
 
“Como em muitas outras coisas na vida – uma doença, um fogo, por ex. – também as dívidas não se combatem, evitam-se!”
 
 
Fosse este, ou outro governo, os sacrifícios e os resultados seriam sensivelmente os mesmos pois, o mal já estava feito. Mas vendo televisão ou lendo jornais, verifica-se que a mensagem constantemente repetida, coloca os maiores responsáveis do lado da “solução” e os que ficaram com “o bebé nos braços” como os "gatunos", os  responsáveis "criminosos", pela acual situação. É o que "por aqui" se define por realidade paralela socialista,
 
E - muito em resultado da comunicação social que temos - é assim a sociedade portuguesa, estamos no bom caminho...
 

15 abril, 2013

Da esquerda Inimputável...


Daqui, mais um exemplo da deferência e do "respeitinho submisso" que a comunicação social e o jornalismo militante, usam perante os figurões da esquerda que proferem afirmações deploráveis como esta:
 
 
Nem um pio sobre uma afirmação que bem poderia ter saído das guerras verbais entre os generais que comandam os cartéis de droga na Guiné, ou de outro qualquer regime mafioso. Os que convivem com este tipo de discurso - note-se - são  os mesmos jornalistas e feitores da "opinião publicada" que se mostram altamente ofendidos com declarações como as proferidas por Isabel Jonet ou F. Ulrich... 
 
No jornalismo português critica-se o mensageiro em vez da mensagem. É tão óbvia a lógica dos "filhos e enteados" que dá dó...
 
"
 
 Inimputável (31 da Armada)
 
A personagem que anda por aí a dizer este tipo de barbaridades, de seu nome Mário Soares, é uma vergonha para Portugal. Imagine-se que alguém nos Estados Unidos, referindo-se ao Presidente Obama, tinha dito que por muito menos tinham assassinado o Presidente Kennedy. Haveria tal tempestade mediática, e bem, que tal personalidade estaria automaticamente banida da opinião pública. Aqui em Portugal, além de algumas reações, como a que podemos ler aqui do João Ferreira do Amaral, parece que nada de grave foi dito. A esquerda hipócrita, que se fosse alguém da direita a dizer o mesmo de um Presidente de esquerda, reagira em fúria, permanece num silêncio ensurdecedor. Isto é um verdadeiro escândalo que deveria envergonhar qualquer democrata, de esquerda ou de direita. Este tipo de afirmações não podem ter lugar no debate público.
"

12 abril, 2013

Do duplo critério da comunicação social

 
Como em tantos casos sucede, o jornalismo militante andou nos últimos dias a difundir a mensagem que este Governo - Gaspar, designadamente - queria "fechar o País". Com o habitual desassossego e indignação que as medidas dos governos "da direita" inspiram, fomos ouvndo e lendo:
 
 
 
 
 
Bastava ler o "despacho Gaspar" para verificar que o alarmismo e alarido em torno da maioria das situações acima indicadas não se justificava. Elogiar aqui a coragem (sim, neste País exige alguma coragem ir contra o discurso e "pensamento único" esquerdista, que o digam Jonet, Soares dos Santos, Fernando Ulrich, etc...) de Oliveira Martins ao  considerar "perfeitamente compreensível" o despacho do ministro das Finanças.
 
Será que a comunicação social teria o mesmo critério, i.e., fomentaria tanta algazarra e exerceria o habitual jornalismo de intriga,  se o despacho fosse de outro  governo?... 
 
Aqui no (excelente) (Im)pertinências, há um post que nos dá a resposta:
 
 
«No documento, o ministro afirma que "para assegurar o reforço do bom desempenho da execução orçamental é necessário manter o rigor e intensificar os mecanismos de contenção da despesa do sector público administrativo". De acordo com o despacho, os serviços do sector público administrativo, da administração central e da segurança social e as entidades que tenham sido incluídas no âmbito do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais não podem, desde 28 de abril, assumir novos compromissos sem autorização prévia do ministro das Finanças.»
(ionline citando a Lusa em 03-05-2011, referindo um despacho de Teixeira dos Santos)

«António José Seguro defendeu ainda que o despacho de Vítor Gaspar, a congelar a maioria das despesas no Estado, revela que o Governo está a tentar fechar serviços e até o próprio país.»
(António José Seguro citado pelo Económico ontem).
 
É assim...
Jornalismo militante: a formatar a mentalidade do cidadão “tuga" desde 1974.
 
 

 


10 abril, 2013

Gloriosa República Socialista Portuguesa


O pedido de ajuda externa que culminou com o Memorando assinado em Maio de 2011 (há menos de 2 anos, portanto), foi o derradeiro sinal que Portugal tinha que “mudar de vida”. O Estado português, tal como está, é insustentável - mas continuamos a discutir sobre a necessidade / desnecessidade, de cortes para baixar o défice para 4% - 5% do PIB, quando este deveria ser ZERO!

Mas Portugal “é o que é” e uma parte significativa da sociedade prefere continuar a viver na realidade paralela socialista (formatada, em larga medida, pelo pensamento socioeconómico e político, que domina as redacções e o jornalismo luso). Continua a acreditar-se que, batendo o pé ou fazendo birrinha, “os credores” continuarão a financiar os direitos e benesses que a sagrada Constituição da República Portuguesa nos reserva.
 
É (e será) impossível sair do marasmo económico em que Portugal se encontra, sem beliscar a "lei fundamental". Esta é a clarificação que não pode mais ser adiada e, por isso, Passos comete um erro em não bater já com a porta e permitir que este logro se arraste.
 
Os cortes alternativos (a conhecer nos próximos dias) terão um impacto mais recessivo sobre a economia que os cortes chumbados pelo TC, porque recaírão sobre os agentes mais fragilizados neste momento económico: as pequenas e médias empresas. Muitas empresas fornecedoras do sector público estavam já no seu limite e, nova contracção do cliente Estado, atirará muitas delas para a falência... O resultado: menos receita para o Estado e mais despesa com subsídio de desemprego. Em suma, a relação - nunca explorada por comentadores e jornalistas -, entre as decisões do TC e a espiral recessiva.

Nos últimos dias, a CRP tornou-se a Bíblia dos situacionistas. Conceitos como despesa Vs receita ou princípios básicos de matemática e aritmética, não rivalizam com a “ciência constitucional”.  Redigida em 1976 - como terá conseguido Portugal existir entre 1143 e 1975?! - e convertida no guia definitivo e indissociável dos caminhos a trilhar no futuro luso, convém recordar qual a origem e orientação na base da concepção desse mesmo guia e onde o mesmo nos conduzirá...
 
 

"A Constituição da III República em boa companhia

Lista dos países (comunistas e não-comunistas) em que o Socialismo está inscrito nas respectivas constituições:
- República Popular do Bangladesh
- República Popular da China
- República Popular Democrática da Coreia (do Norte)
- República de Cuba
- República Cooperativa da Guiana
- República da Índia
- República Democrática Popular do Laos
- República Portuguesa
- República Democrática Socialista do Sri Lanka
- República Unida da Tanzânia
- República Socialista do Vietname.
Fonte: Wikipedia - List of Socialist Countries

E é assim 39 anos depois do 25 de Abril, 38 depois do 25 de Novembro, 31 depois da revisão constitucional de 1982, 27 depois da adesão à CEE, 20 depois da criação da União Europeia, 11 depois da entrada em vigor do Euro.
E depois a culpa é da Troika e da Merkel."
 
... e que futuro resplandecente será esse!
 
 
 

08 abril, 2013

Haraquíri de Passos



“Um Não dito com convicção, é melhor e mais importante que um Sim dito meramente para agradar, ou, pior ainda, para evitar complicações.”


Mahatma Gandhi
 
Passos, ao optar por um “sim” para evitar complicações, cometeu um erro. Desde que assumiu a liderança do PSD, definiu a dimensão e a despesa do Estado, como “O” problema a resolver - esta era a sua receita.

Cedo a sua “receita” teve de ser adaptada. Com o chumbo do TC aos cortes nos subsídios de férias e Natal da função pública em 2012, viu-se forçado a um aumento generalizado de impostos no OE de 2013, em vez de um ajustamento mais direccionado ao sector público.

Depois da  alteração da sua “receita”, percebeu, aquando da proposta de reforma TSU, que também não poderia usar os seus ingredientes, tal é o fosso entre o seu paladar “liberal” e os aromas do “caminho socialista” a que a sociedade portuguesa tanto se habituou.

A ideia, da redução da TSU para as empresas e aumento para os trabalhadores (com rendimentos superiores a 700 €, recorde-se), era, através da redução dos custos de contexto, uma aposta na atracção de investimento (estrangeiro e nacionais) únca via para fomentar a criação de emprego, ou, ao reduzir os encargos de empresas,  pelo menos evitar a falência de algumas e com isso reduzir o n.º de desempregados e os encargos que o Estado terá de comportar através de despesa social.

No livro português de receitas, este prato chama-se “transferir capital dos trabalhadores para os patrões”. De sabor mais familiar, foi confeccionada mais uma dose de “aumento brutal e generalizado de IRS”, prato tradicional de comida portuguesa. 

Com a sua receita de “redução da dimensão e despesa do Estado” adulterada, com os ingredientes de 2ª e 3ª escolha, o Chef Passos viu ainda ser chumbado o seu método de confecção pelo TC (Tribunal da Confecção), alegando que a sua cozinha ainda é demasiado indegesta para os funcionários públicos Vs os do sector privado…  

 
 
O Chef Passos devia ter dito Não… aquele discurso foi deprimente. A clientela (quer do público quer do privado) continuará a “reclamar do serviço” porque as suas expectativas continuarão a ser completamenete defraudadas. Ele, sem convicção no que está a fazer e a seguir uma receita não é a sua, continuará a tentar explicar que - com estes ingredientes - essas expectativas não são concretizáveis.
 
Isto não faz sentido, o pântano está de volta.
 


 

07 abril, 2013

Compre o que é Português!

Cláusula de salvaguarda para aforradores de dívida pública:

Embora a Constituição da República Portuguesa aceite, aliás, necessite desesperadamente dos Vossos empréstimos para assegurar a distribuição dos direitos e benesses nela inscritos, o reembolso desse mesmo financiamento pode ser inconstitucional, pelo que não está garantido.

Como compreenderão, a Lei é soberana.
 
 
 

05 abril, 2013

Sócrates vai responder na RTP a perguntas dos espectadores


“Exmo. Sr. Director de Informação da RTP, 

Eis 2 questões que gostaria de ver referidas no espaço de comentário da RTP, a estrear no próximo Domingo:

1 Sendo o tema do momento, obviamente, o programa não poderá dispensar uma análise e comentário do Sr. Eng. José Sócrates à demissão do Sr. Dr. Miguel Relvas, ao que tudo indica, por ilegalidades relacionadas com o processo de licenciatura.
Será bastante esclarecedor ouvir a sua opinião sobre o assunto, ainda mais quando estamos  falar de matérias onde, como é público, o Sr. Eng. desenvolveu know-how.

E nenhum dia da semana é mais apropriado para esse comentário que o Domingo...


2 Durante uma entrevista do Sr. Eng realizada há 2 semanas atrás, tivemos oportunidade de assistir à sua defesa contra as torpes acusações de que é alvo, nomeadamente, as dúvidas levantadas quanto à fonte de financiamento da sua (luxuosa) estadia em Paris. Por coincidência, a experiência de passar um ano sabático na “cidade luz” é um sonho que acalento há alguns anos, pelo que dediquei especial atenção a este ponto. Nessa conferência de imprensa (termo, mais próximo do género de programa televisivo que assisti), tive oportunidade de o ouvir esclarecer - não porque um dos jornalistas lhe tivesse perguntado, note-se, mas por iniciativa sua -, que tudo foi tratado através de um empréstimo contratado com a CGD, sendo esta, inclusive, a única instituição onde tem uma conta bancária há mais de 25 anos


Uma escrivaninha que em tempos pertenceu a um primo do ex-governante, José Sócrates. Lá dentro, 1.273 cheques, todos em branco, descobertos por um agricultor. Do total dos cheques encontrados, 263 pertencem a uma conta de Sócrates no Totta, sendo que os restantes dizem respeito a outros elementos da família

Tendo agora vindo a público novas notícias, que falam de uma conta sua aberta no Totta (uma Conta Poupança Júnior ou Poupança Jovem, com certeza),  porque tenho contas em ambas as instituições e vou  agora iniciar o processo de negociação do meu próprio empréstimo, poderia avançar mais alguma informação sobre esse crédito? Por exemplo, o montante, a taxa de juro, se se tratava de uma linha especial de crédito para estudantes, etc.. Como bem compreenderá, gostaria imenso (já me imagino em frente aos Monet’s do Musee d'Orsay...) de conseguir realizar o meu sonho, também.  

NOTA: Claro que depois gostaria de poder contar com outras dicas: onde se pode comer em conta (uma bucha, sopa, ou assim), uns armazéns de indianos e chineses de confiança, onde se possa adquirir vestuário catita, etc.) 

Muito Obrigado!
"




03 abril, 2013

A nova grelha da RTP




Depois do convite a Sócrates na semana anterior, esta semana fomos brindados com Isaltino, O "Sr. Recurso". Parece que a RTP aposta forte na sua nova rubrica semanal, em formato de entrevista, conduzida por Vítor Gonçalves, chama-se:


"Devia estar atrás das grades, mas está aqui!" 


O manancial de entrevistados é tão vasto que estão assegurados programas semanais até 2017...
 
 
 
 
 

02 abril, 2013

Uma pausa da imprensa alarmista e doentia...

 
Ao passar os olhos por uma página de jornal, fenómeno cada vez mais raro nos tempos que correm, li algo diferente da prosa alarmista e doentia, que caracteriza a imprensa actualmente.

Há que saborear estes momentos, cada vez mais raros, ler algo que nos deixe a pensar (em vez de deprimir ou desanimar)

fui ver, era a Helena Matos!


"...Podia encher páginas e páginas deste jornal dando exemplos de como esta não é certamente a pior crise, nem a maior crise nem a derradeira das crises. Aliás esta perda de noção da realidade e da História é em si mesma sintomática do egocentrismo infantil que enquanto sociedade decadente nos assombra. Se trocássemos as elucubrações sobre revoluções e golpes de Estado pelo estudo da queda do Império Romano talvez percebêssemos que para lá da espuma dos dias a nossa verdadeira crise é de identidade e não de economia. E nesses domínios, o da cultura e o da identidade, a nossa queda já começou."


Obrigado Helena!