17 abril, 2013

Falácia da Realidade Paralela socialista


Prossegue a mensagem falaciosa de que Portugal está nesta situação miserável, não pela péssima governação e decisões tomadas pelos políticos eleitos livremente pelos portugueses nos últimos 30 anos, mas por causa da Troika, de Passos & Gaspar, da Merkel, do Tio Patinhas provavelmente…

 

O que muitos jornalistas não percebem (ou fingem não perceber…) é que "os delirantes burocratas da troika" foram chamados pelo PS há menos de 2 anos porque não haveria (daí a 1-2 meses, segundo o ministro das finanças de então) dinheiro para pagar salários e pensões. 

Na sequência disso "os delirantes burocratas da troika" emprestaram-nos dinheiro e, em contrapartida, o governo português comprometeu-se a colocar as contas em dia (aliás, nem isso, pois contas em dia seria défice ZERO) e baseado na informação então fornecida pelo governo socialista, foi assinado um memorando com medidas e previsões para 2012, 2013 (ainda nem vamos a meio…) e 2014. Portanto, fará mais sentido atribuir essas “previsões delirantes” aos governantes de então ou aos "delirantes burocratas da troika" que cá foram chamados em Maio de 2011?


Vejamos, foram "os delirantes burocratas da troika", ou os socialistas, que canalizaram, através do bendito "investimento público" à custa de dívida contraída nos "maléficos mercados", mais de 100.000 milhões de € para as grandes construtoras e a banca?! 

Foram "os delirantes burocratas da troika", ou os socialistas, os responsáveis – em resultado da dívida contraída entre 2005 e 2011 – pelo aumento em cerca de 4.000 M € / ano, o valor de juros que Portugal tem de pagar aos seus credores? Curiosamente (ou talvez não…) é precisamente esse "o" valor que agora temos a necessidade de “cortar no Estado Social” … Se ainda existissem dúvidas quanto à falta de memória e princípios neste País… esse, sim, é o nosso maior défice! 
 
O momento que Portugal vive actualmente é surrealista: ao longo dos últimos 20 anos o País deparou-se em vários momentos com 2 alternativas políticas: uma mais “à esquerda”, que defendia mais Estado Social, mais investimento público, etc., logo, mais dívida. A outra alternativa, mais “à direita”, sempre alertou para o risco dessa “receita socialista”, precisamente porque esse caminho seria gerador de uma dívida tal que, algum dia, se tornaria insustentável pagá-la. Foi isso que aconteceu, lembrem-se do que sucedeu nas eleições de 2009.
 
“Como em muitas outras coisas na vida – uma doença, um fogo, por ex. – também as dívidas não se combatem, evitam-se!”
 
 
Fosse este, ou outro governo, os sacrifícios e os resultados seriam sensivelmente os mesmos pois, o mal já estava feito. Mas vendo televisão ou lendo jornais, verifica-se que a mensagem constantemente repetida, coloca os maiores responsáveis do lado da “solução” e os que ficaram com “o bebé nos braços” como os "gatunos", os  responsáveis "criminosos", pela acual situação. É o que "por aqui" se define por realidade paralela socialista,
 
E - muito em resultado da comunicação social que temos - é assim a sociedade portuguesa, estamos no bom caminho...