Em apenas 6 anos duplicaram a dívida pública portuguesa, aumentando em cerca de 4.000 M € / ano, o valor de juros que Portugal tem de pagar aos seus credores … os contribuintes das gerações futuras que paguem.
Auto-estradas foram lançadas com um período de carência de pagamento às concessionárias de 5 anos… fazem-se as obras, mantém-se artificialmente algum emprego e crescimento do pib, o Estado até arrecada alguma receita à conta da dívida... 5 anos depois e ao longo de 40 anos, os contribuintes das gerações futuras que paguem.
As empresas públicas tinham de mostrar balanços e demonstrações de resultados mais “limpinhos”? Simples, através de uns contratos swap, é possível contrair dívida a taxas de juro temporariamente mais baixas, i.e., no curto prazo os resultados financeiros melhoram, em contrapartida, no médio / longo prazo, essas taxas podem crescer até 20% e originar perdas de 3.000 milhões €… os contribuintes das gerações futuras que paguem.
Quem, nestes 3 casos, não consegue identificar um padrão de actuação de gestão danosa da “coisa pública” e sistemático benefício do sector financeiro?!
Portugal, é isto… uma classe jornalística que não entende (ou não quer entender) o processo de “causa - efeito” da governação socialista recente no estado de bancarrota em que Portugal se encontra. Por ex., até ontem, este "caso swap" foi passando para a opinião pública como "mais um escândalo" da responsabilidade deste governo, quando se trata de mais uma herança socretina.
Redacções e comentadores, continuam a criar um cenário no qual os maiores responsáveis pelos sacrífícios que os portugueses têm que fazer actualmente, se permitem aparecer perante a opinião pública como "salvadores do povo"... cria-se um cenário que - aos olhos de alguém que venha de fora e apenas tenha informação pelo que vê, lê e ouve na comunicação social -, só possa concluir que a crise actual se deve a Passos & Gaspar, esses governantes maléficos.
À passagem de mais um 25 de Abril, esta "democracia madura"(?!) permanece um sítio onde, independentemente da substância, qualquer coisa que tenha o rótulo socialista é visto como algo intrinsecamente bom, e um povo português sem memória e facilmente manipulável que, ao mínimo aceno de facilidades e “banha da cobra”, não se importa de ter esses governantes de volta – o que importa são as aparências, o que importa é o "rótulo"!