Nas últimas semanas, acentuou-se a aposta no "calvário mediático" e o exercício do "quanto pior melhor". Veja lá o caro leitor se reconhece alguma destas notícias que este post do (im)pertinências bem sumariza:
03/05/2013
SERVIÇO PÚBLICO: O que se está a passar debaixo do nevoeiro estatístico e mediático?
Em meados do mês passado o indicador avançado da OCDE antecipou uma provável recuperação da actividade económica em Portugal nos próximos meses.
Já no final de Abril, os dados do Eurostat mostram que o desemprego em Portugal não aumentou em Março, o que neste contexto até é uma boa notícia.
O INE estimou um aumento homólogo de 0,8% no índice de produção industrial em Março o que poderia ser uma boa notícia se não resultasse exclusivamente do aumento de 4,5% do índice do agrupamento de energia.
Esta manhã, ficámos a saber que os yields das OT portuguesas nos prazos de 2, 5 e 10 anos desceram ao nível de Outubro de 2010. Os mercados lá saberão porquê.
É claro que, segundo uma das leis de Murphy mais conhecidas, as coisas nunca estão tão más que não possam piorar. Mas a verdade é que no estado que a governação socialista deixou o país, é quase um milagre, dada a incapacidade demonstrada pelo governo PSD-CDS de adoptar as reformas indispensáveis, que uma parte do país ainda resista – aquela parte que não está dependente do Estado."
Já no final de Abril, os dados do Eurostat mostram que o desemprego em Portugal não aumentou em Março, o que neste contexto até é uma boa notícia.
O INE estimou um aumento homólogo de 0,8% no índice de produção industrial em Março o que poderia ser uma boa notícia se não resultasse exclusivamente do aumento de 4,5% do índice do agrupamento de energia.
Esta manhã, ficámos a saber que os yields das OT portuguesas nos prazos de 2, 5 e 10 anos desceram ao nível de Outubro de 2010. Os mercados lá saberão porquê.
É claro que, segundo uma das leis de Murphy mais conhecidas, as coisas nunca estão tão más que não possam piorar. Mas a verdade é que no estado que a governação socialista deixou o país, é quase um milagre, dada a incapacidade demonstrada pelo governo PSD-CDS de adoptar as reformas indispensáveis, que uma parte do país ainda resista – aquela parte que não está dependente do Estado."
Estando totalmente de acordo com o último parágrafo, não podemos deixar de constatar que na comunicação social existe uma campanha objectiva de ocultação de tudo o que sejam sinais positivos para a economia portuguesa ou indicadores que possam antecipar a saída da crise.
Juntaria ainda aos indicadores acima que - por serem de sinal contràrio à narrativa do jornalismo militante, são quase um tabu na comunicação social portuguesa -, os bons resultados da execução orçamental no 1º trimestre - lembram-se do que a este respeito ouviram desde o início do ano? Pois parece que essas previsões saíram furadas...
Como é possível andarmos entre Janeiro e Março a ouvir constantemente nos media recados como "o défice já derrapou", "será impossível cumprir as metas fixadas". etc., e depois - nunca esta notícia num telejornal - ocultar este facto?!
É sabido que a confiança é um dos aspectos fundamentais para a "boa saúde" de qualquer economia. Nesse sentido, até que ponto este clima esquizofrénico e doentio que a comunicação social parece empenhada em manter, será um alicerce ou um entrave para a recuperação da economia portuguesa?
E por exemplo, porque será que os media - supostamente dirigidos por pessoas preparadas e informadas - andavam tão optimistas no consulado de Sócrates, quando era precisamente nessa fase que se "cavava o enorme buraco" da dívida que é a origem principal da nossa miséria?
Só não conhece a resposta, quem não quer ver...