31 dezembro, 2012

Saber Comunicar: o Glamour da Esquerda…


 
 
Enfim, o foco na “contenção orçamental”, na famigerada “austeridade”, que desta vez até impede a visita aos “…militares portugueses que estão destacados no estrangeiro, como manda a tradição”.

Note-se que os títulos escolhidos para uma notícia são da maior importância, pois sabe-se que muitas pessoas nem lêem o corpo das notícias, limitam-se a assimilar a mensagem veiculada pelo cabeçalho.


O Glamour da Esquerda…

Fosse o Ministro da Defesa de um governo socialista as notícias e, graças ao maior optimismo que o rótulo de esquerda desperta no jornalismo luso, provavelmente destacariam:

“Adopção de novas tecnologias permite a poupança de dezenas de milhares de Euros”

Ou,

“Novas tecnologias aproximam militares portugueses destacados no estrangeiro de Portugal”


Este exercício, embora em jeito de brincadeira, demonstra bem o poder da comunicação social em determinar a percepção dos cidadãos relativamente ao trabalho dos seus governantes.

Um aspecto curioso nas análises aos governos de esquerda (socialistas) por comparação com os de centro direita no nosso País, é a forma como os seus dotes e a sua “eficácia de comunicação” é classificada. De Sócrates dizia-se que era um “grande comunicador”… sobre este governo, por ex.,  diz-se: que a sua capacidade de comunicação é fraca, os ministros são inábeis, inexperientes, etc..

Já vimos e ouvimos, comentadores, “especialistas”, afirmarem que existem algumas boas medidas mas, pela suposta fraca “capacidade de comunicação” deste governo, essas medidas não têm visibilidade. Será!?...

Será que reside nos políticos e na sua “capacidade de comunicação”, o papel determinante no tom das manchetes e dos títulos que as redacções seleccionam para as suas peças e artigos, ou, será que esse papel determinante se encontra “nas mãos” dos jornalistas que as escrevem?

Mas, para falar de outro político de centro-direita, quem não se lembra de Santana Lopes e como este foi fuzilado pelos jornalistas, pela tentativa de montar uma “tenebrosa” central de comunicação, alegadamente, destinada a “controlar” os media.

Compare-se, objectivamente, a forma (histérica) como a comunicação social reagiu a 3 meses de Santana Lopes e ao modo como este terá tentado “dominar” a comunicação social, em comparação com o tratamento dado a Sócrates (principalmente até 2010): como é possível que na boca das luminárias do comentário político português, Santana Lopes passe como o político que tentou controlar os media, e Sócrates, seja recordado como “um grande comunicador”?!

Só poderá existir uma explicação: a falta de afinidade ideológica das redacções com tudo o que não seja de esquerda…