Os meios de comunicação social, são hoje uma parte integrante da esmagadora maioria dos lares portugueses, são uma espécie de "familiar honorário" lá de casa. Quantos portugueses passarão tanto, ou mais tempo, a conversar e trocar ideias com o seu filho(a), companheiro(a), etc., do que a serem receptores do que está a ser debitado pelos telejornais à hora de jantar?
Isto para dizer que é evidente a enorme influência dos media na percepção que os portugueses têm sobre inúmeros aspectos da sua vida quotidiana. E, se é fácil perceber que os portugueses desconfiam dos seus políticos, desconfiam da justiça, que existe desconfiança nos negócios, etc., o que pensam os portugueses sobre esses meios de comunicação social? É curioso que sendo os portugueses muito desconfiados em relação a inúmeras coisas, relativamente aos jornalistas e aos meios de comunicação social, parece subsistir na mente da generalidade das pessoas uma presunção de isenção e imparcialidade dos mesmos… Pois “aqui” acredita-se que os portugueses devem ser mais críticos, mais “desconfiados”, em relação aos media e à informação que os mesmos produzem.
Por vezes, a falta de imparcialidade e isenção no tratamento de certos assuntos, explica-se pela defesa de grupos de interesse específicos - por ex., a guerra que se viu em várias capas do Expresso relativamente ao processo de privatização da RTP -, mas não nos debruçaremos aqui sobre esses casos (apesar de os mesmos serem prova de que não devemos tomar tudo o que aparece nos jornais, rádio e tv, por verdadeiro) e antes da falta de imparcialidade política e/ou ideológica, nomeadamente, tentaremos demonstrar que em Portugal existe um condicionamento e um critério jornalístico tendencioso, no tratamento da agenda noticiosa e informação que é difundida.
Este assunto, de fundamental importância nas nossas sociedades - mas, sobre o qual, não há quase debate -, não se constata porque este ou aquele jornalista, peça ou reportagem, assumem uma posição ideológica (de esquerda ou direita) claramente demarcada, são raras as vezes em que tal sucede. Esta “tendência” ou preconceito ideológico das redacções portuguesas pode ser aferida, por exemplo, na forma como declarações proferidas por figuras públicas são tratadas mediaticamente, dependendo esse tratamento, da proveniência das mesmas, i.e., se são associadas à esquerda ou à direita.
Isto para dizer que é evidente a enorme influência dos media na percepção que os portugueses têm sobre inúmeros aspectos da sua vida quotidiana. E, se é fácil perceber que os portugueses desconfiam dos seus políticos, desconfiam da justiça, que existe desconfiança nos negócios, etc., o que pensam os portugueses sobre esses meios de comunicação social? É curioso que sendo os portugueses muito desconfiados em relação a inúmeras coisas, relativamente aos jornalistas e aos meios de comunicação social, parece subsistir na mente da generalidade das pessoas uma presunção de isenção e imparcialidade dos mesmos… Pois “aqui” acredita-se que os portugueses devem ser mais críticos, mais “desconfiados”, em relação aos media e à informação que os mesmos produzem.
Por vezes, a falta de imparcialidade e isenção no tratamento de certos assuntos, explica-se pela defesa de grupos de interesse específicos - por ex., a guerra que se viu em várias capas do Expresso relativamente ao processo de privatização da RTP -, mas não nos debruçaremos aqui sobre esses casos (apesar de os mesmos serem prova de que não devemos tomar tudo o que aparece nos jornais, rádio e tv, por verdadeiro) e antes da falta de imparcialidade política e/ou ideológica, nomeadamente, tentaremos demonstrar que em Portugal existe um condicionamento e um critério jornalístico tendencioso, no tratamento da agenda noticiosa e informação que é difundida.
Este assunto, de fundamental importância nas nossas sociedades - mas, sobre o qual, não há quase debate -, não se constata porque este ou aquele jornalista, peça ou reportagem, assumem uma posição ideológica (de esquerda ou direita) claramente demarcada, são raras as vezes em que tal sucede. Esta “tendência” ou preconceito ideológico das redacções portuguesas pode ser aferida, por exemplo, na forma como declarações proferidas por figuras públicas são tratadas mediaticamente, dependendo esse tratamento, da proveniência das mesmas, i.e., se são associadas à esquerda ou à direita.
Nunca se perguntou porque, em alguns casos, se pega numa frase, desta ou daquela personalidade, e transforma-se essa declaração ou opinião, numa polémica nacional e, outras vezes, opiniões ou frases que poderiam suscitar polémica, são dadas como irrelevantes e ficam na “gaveta”?
Se existe personalidade que parece ser imune a polémicas, aliás parece ser uma entidade acima de todas as restantes, será o caso de Mário Soares. Veja-se que, apesar de no currículo do mais destacado político socialista, podermos encontrar episódios bem reveladores do seu caracter como estes exemplos:
- Soares apanhado a 199 km/hora: «Estado vai pagar a multa»
- Ou o episódio, durante a campanha à presidência do parlamento europeu, em que talvez imbuído de ética republicana que tanto apregoa, apelidou a sua adversária, que viria a sair vencedora da mesma eleição, Nicole Fontaine, de “dona de casa”.
Nunca a sua conduta, declarações, parece originar grande polémica. Por ex. lembra-se de ver algum jornalista questionar Mário Soares sobre os casos atrás indicados? Agora imagine que os factos aqui mencionados e imputados a Mário Soares (caso da Emaudio, os amigos de Macau, os “Contos Proibidos” de Rui Mateus, etc.) estivessem antes associados, por exemplo, a Miguel Relvas, imaginam o corropio na comunicação social?...
Mas deixemos o exemplo Mário Soares, que para a comunicação social portuguesa parece tratar-se de um cidadão extra-terreno e falemos apenas de “comuns mortais” para avaliarmos se o tratamento mediático é imparcial caso o emissor seja associado mais “à direta” ou mais “à esquerda”.
Por exemplo, como explicar toda a celeuma e indignação que rodeou Isabel Jonet, aquando do célebre “…vivíamos muito acima daquilo que eram as nossas possibilidades”, ou a crítica aos hábitos, na sua perspectiva, demasiado consumistas da nossa sociedade, senão pelo facto de esse discurso estar alinhado com o do governo e, daí, toda a esquerda, com a cumplicidade da comunicação social, desferir os mais violentos ataques sobre a fundadora do Banco Alimentar contra a fome, alegando que ela ofendia os pobres?
Como é possível, que essa mesma esquerda e essas mesmas redacções, não se indignem, não se manifestem, quando personalidades da política portuguesa fazem a apologia de um regime norte coreano onde, provavelmente, milhões morrem à fome para manter o maior exército do mundo? Isto faz sentido?
Qual é o critério aqui? A polémica gerada, nasce de uma efectiva preocupação e defesa dos mais pobres e desfavorecidos, face aos autores de tão ofensivas declarações, ou estas polémicas mediáticas servem apenas para condicionar a luta política entre esquerda e direita?
Outro exemplo dos perigos que, em Portugal, incorre quem por declarações coloca em causa a “esquerda”. Alexandre Soares dos Santos foi dos poucos que usou criticar publicamente Sócrates. Quando a Jerónimo Martins transferiu a sua sede para a Holanda, os ataques surgiram de todo o lado! O Sr. era “anti-patriota”, que o grupo JM tinha “desistido de Portugal”, fizeram-se apelos a boicotes ao Pingo Doce etc..
- Soares apanhado a 199 km/hora: «Estado vai pagar a multa»
- Ou o episódio, durante a campanha à presidência do parlamento europeu, em que talvez imbuído de ética republicana que tanto apregoa, apelidou a sua adversária, que viria a sair vencedora da mesma eleição, Nicole Fontaine, de “dona de casa”.
Nunca a sua conduta, declarações, parece originar grande polémica. Por ex. lembra-se de ver algum jornalista questionar Mário Soares sobre os casos atrás indicados? Agora imagine que os factos aqui mencionados e imputados a Mário Soares (caso da Emaudio, os amigos de Macau, os “Contos Proibidos” de Rui Mateus, etc.) estivessem antes associados, por exemplo, a Miguel Relvas, imaginam o corropio na comunicação social?...
Mas deixemos o exemplo Mário Soares, que para a comunicação social portuguesa parece tratar-se de um cidadão extra-terreno e falemos apenas de “comuns mortais” para avaliarmos se o tratamento mediático é imparcial caso o emissor seja associado mais “à direta” ou mais “à esquerda”.
Por exemplo, como explicar toda a celeuma e indignação que rodeou Isabel Jonet, aquando do célebre “…vivíamos muito acima daquilo que eram as nossas possibilidades”, ou a crítica aos hábitos, na sua perspectiva, demasiado consumistas da nossa sociedade, senão pelo facto de esse discurso estar alinhado com o do governo e, daí, toda a esquerda, com a cumplicidade da comunicação social, desferir os mais violentos ataques sobre a fundadora do Banco Alimentar contra a fome, alegando que ela ofendia os pobres?
Como é possível, que essa mesma esquerda e essas mesmas redacções, não se indignem, não se manifestem, quando personalidades da política portuguesa fazem a apologia de um regime norte coreano onde, provavelmente, milhões morrem à fome para manter o maior exército do mundo? Isto faz sentido?
Qual é o critério aqui? A polémica gerada, nasce de uma efectiva preocupação e defesa dos mais pobres e desfavorecidos, face aos autores de tão ofensivas declarações, ou estas polémicas mediáticas servem apenas para condicionar a luta política entre esquerda e direita?
Outro exemplo dos perigos que, em Portugal, incorre quem por declarações coloca em causa a “esquerda”. Alexandre Soares dos Santos foi dos poucos que usou criticar publicamente Sócrates. Quando a Jerónimo Martins transferiu a sua sede para a Holanda, os ataques surgiram de todo o lado! O Sr. era “anti-patriota”, que o grupo JM tinha “desistido de Portugal”, fizeram-se apelos a boicotes ao Pingo Doce etc..
Mas um pequeno pormenor foi omitido, que o grupo JM era a última das empresas do PSI-20 a transferir a sua sede de Portugal. Ou seja, se havia alguma conclusão a retirar daquela decisão, seria que A.S dos Santos foi o mais patriota entre os maiores empresários portugueses… mas não, o que os media durante meses nos transmitiram era que este sr, entre outras coisas, criador da Fundação Francisco Manuel dos Santos, era um pária.
Estes e outros exemplos, são ilustrativos de uma prática discriminatória que, na perspectiva do autor deste blog, ocorre com alguma frequência no espaço mediático português: a censura do pensamento de algumas personalidades, mais conotadas com a “direita” (como Alexandre Soares dos Santos ou Isabel Jonet aqui citados), versus, uma tolerância ou protecção de outras personalidades ligadas à outra barricada: esquerda , socialista.
São os filhos e os enteados da Comunicação Social portuguesa…
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