Diversos Orgãos de Comunicação Social, avançaram notícias que nos davam conta da preocupação das Nações Unidas com a "austeridade em Portugal". As notícias e os títulos, na linha do que é incessantemente repetido na imprensa, rádio e tv desde há meses, mais uma vez recordava-nos que "o caminho da austeridade" está a agravar a crise mas, desta vez, era a própria ONU que o afirmava!
E assim, através de fontes como o Expresso, a TSF, o Público, etc., durante um dia fomos informados, instruidos, na convicção que aqueles chavões usados pela esquerda nos últimos meses: a "austeridade do custe o que custar", a necessidade de "renegociar a dívida e os juros", etc., seriam também a posição da propria ONU...
eis senão quando... tudo era uma fraude!
Enfim, mais um episódio bem demonstrativo da necessidade de "filtrar" a informação que esta comunicação social nos serve. Aliás, esta tese "que a culpa da crise é da austeridade", assenta numa premissa completamente falaciosa, infantil até, pois converte a complexa situação que o País atravessa, numa questão de "bonzinhos" (que querem crescimento) e os "mauzões" (os apaixonados pela austeridade).
Mas, de tão repetida, esta tese (com grande adesão de muitos jornalistas e redacções), já terá levado quantos portugueses a acreditarem que a crise, e as medidas que forçosamente tiveram de ser tomadas, resultam de uma opção de Passos Coelho e Gaspar, e não uma necessidade, uma consequência, das asneiras cometidas nos últimos 20 anos, com especial ênfase desde 2005?...
Outra constatação a retirar deste episódio, e como aqui no blog já se referiu em outras ocasiões, relaciona-se com a facilidade e o voluntarismo do "jornalismo militante" em dar voz, dar palco, aqueles que são alinhados com a sua orientação ideológica, de esquerda e socialista.
E amanhã, do alto do seu pedestal, lá estarão jornalistas a "apontar" trapalhadas a tudo e todos...
E amanhã, do alto do seu pedestal, lá estarão jornalistas a "apontar" trapalhadas a tudo e todos...