Depois dos números do desemprego, do crescimento das exportações, foram ontem conhecidos os surpreendentes dados do PIB relativos ao 2º Trimestre. Apesar das boas notícias, obviamente, a situação ainda é de crise. De qualquer forma, uma das expressões mais ouvidas dos últimos tempos, já não fará qualquer sentido ser usada - a célebre “espiral recessiva”.
Aliás, contrariamente aqueles que clamam pelo fim dos cortes, pois estes “trarão mais recessão”, o caminho do crescimento permanece indissociável de uma contínua e paulatina, redução da despesa do Estado. A redução da despesa pública e os cortes na estrutura o Estado – pois é este sector que necessita de ajustamento - deve prosseguir, infelizmente a sua dimensão (entenda-se custo) permanece sobredimensionado para os recursos que a economia portuguesa consegue gerar.
Aliás, contrariamente aqueles que clamam pelo fim dos cortes, pois estes “trarão mais recessão”, o caminho do crescimento permanece indissociável de uma contínua e paulatina, redução da despesa do Estado. A redução da despesa pública e os cortes na estrutura o Estado – pois é este sector que necessita de ajustamento - deve prosseguir, infelizmente a sua dimensão (entenda-se custo) permanece sobredimensionado para os recursos que a economia portuguesa consegue gerar.
Infelizmente, o ajustamento do sector público tem sido obstaculizado por duvidosas razões de inconstitucionalidade, entre outras, por duvidosos príncipios de equidade já aqui abordados.
No entanto, a propósito das boas notícias, seria ingrato não recordar dois nomes…
Vítor Gaspar - Onde estão agora os críticos às suas previsões?
A 18 de Janeiro,
interpelado pela deputada d'Os Verdes Heloísa Apolónia, Passos Coelho
justificou as discrepâncias nas apostas do Governo para a recessão deste ano
(1%) com as do Banco de Portugal (1,9%, quase o dobro).”
A confirmar-se esta tendência de evolução do PIB, será que algum daqueles “gurus da previsão económica” da oposição que, mais do que criticar, troçavam das previsões de Gaspar, se irá retractar em público e reconhecer que, contra todas as previsões, afinal as suas eram as mais correctas?
Álvaro Santos Pereira – estas boas notícias, não podem deixar esquecer o trabalho deste Ministro, cuja capacidade de análise da situação portuguesa e convicção do que carecia ser mudado, foi sempre menosprezada.
Basta recordar a forma como sempre foi tratado pelas «pseudo-elites» que dirigem a nossa comunicação social. Certamente, esse desprezo, não será alheio à circunstância de se tratar, nas últimas décadas, do Ministro da Economia mais independente dos lóbis do “establishment”.
Basta recordar a forma como sempre foi tratado pelas «pseudo-elites» que dirigem a nossa comunicação social. Certamente, esse desprezo, não será alheio à circunstância de se tratar, nas últimas décadas, do Ministro da Economia mais independente dos lóbis do “establishment”.
Esta independência, infelizmente, também ditou o seu sacrifício em função dos interesses e equilíbrio de poder dentro da própria coligação… a dignidade com que saiu de cena, só pode confirmar as qualidades humanas que parecia ter, nomeadamente, a humildade e seriedade.