Coisas que, do dia para a noite, passaram a constar do vocabulário dos jornalistas e comentadores, nos últimos 2 dias:
“… a estabilidade é fundamental!”; “… eleições antecipadas, neste momento, é uma tremenda irresponsabilidade!”; “a instabilidade política pode “deitar a perder” todos os sacrifícios já feitos…”; “…assim não escapamos a um 2º resgate!”
Está tudo louco?! Então não foram precisamente estes agentes da comunicação social, um dos principais factores de destabilização do clima social ao privilegiarem constantemente a perspectiva da extrema esquerda e, dessa forma, contribuir para acelerar o desgaste do actual governo?!
Os mesmos comentadores que agora alertam os cidadãos para os perigos e os desafios que existem, não são os mesmos que - praticamente desde que este governo assumiu funções - negaram o momento de excepção que Portugal vivia, designadamente, a circunstância de ser um memorando - e não os governantes por si eleitos - quem passou a ditar o nosso dia-a-dia, e constantemente sugeriam a substituição das “políticas de austeridade”?!
Se tivessem o mínimo de coerência, deveriam esta a dizer que a queda deste governo é uma boa notícia para os portugueses. Afinal, a austeridade vai terminar, o crescimento vai já fazer-se sentir, os impostos irão baixar com certeza…
Mas não, chegados a este ponto, parece que caíram na realidade. De repente, em vez de dar 90% de tempo de antena às Catarinas, aos Arménios, os Galambas, etc.. começamos a ver nos telejornais personalidades que nos dão conta do estado REAL do País e da fragilidade económica e social que ainda vivemos. A entrevista de Medida Carreira, ontem, no telejornal da TVI foi lapidar….
O ar espantado, de verdadeira descoberta de uma nova realidade, das “Anas Lourenços & afins”, quando confrontadas com essas fotografias da nossa situação, não deixa de ser um momento admirável … e não deixa de ser espantoso observar como, em 2 - 3 dias, quase passou a existir uma unanimidade quanto ao cenário de eleições antecipada ser o pior dos cenários para o País e para os portugueses. Como explicar este fenómeno?...
Tenham memória pf…
Vejamos, desde o fim de 2012, o PS andou a pedir eleições quase todos os dias (já nem se fala na malta da esquerda radical). Lembram-se de ver algum destes comentadores a confrontar os dirigentes socialistas com a irresponsabilidade do que estavam a pedir? Das consequências e da situação de emergência que isso poderia representar para o País?! Claro que não, porque a comunicação social, partilha da retórica da esquerda e da “realidade paralela socialista” que aqui falamos.
Vejamos, desde o fim de 2012, o PS andou a pedir eleições quase todos os dias (já nem se fala na malta da esquerda radical). Lembram-se de ver algum destes comentadores a confrontar os dirigentes socialistas com a irresponsabilidade do que estavam a pedir? Das consequências e da situação de emergência que isso poderia representar para o País?! Claro que não, porque a comunicação social, partilha da retórica da esquerda e da “realidade paralela socialista” que aqui falamos.
Mas a realidade – como o cenário de crise que em 2 dias se instalou – veio sobrepor-se à retórica e, ao ver as intervenções de muitos jornalistas, parece que despertaram de um estado hipnótico e de delírio…
É esta “elite esclarecida” que controla a opinião pública. É preciso não esquecer nem "fazer de conta". São estes jornalistas e comentadores que, em larga medida, determinam quais os governos que “se aguentam” e quais os que “sucumbem” às polémicas, muitas delas artificialmente criadas e mantidas.
È esta comunicação social que passa a vida a acusar os políticos de irresponsabilidade, de impreparação, que é incapaz de assumir a sua parte de responsabilidade sobre o rumo que o País tomou, especialmente, nas últimas 2 décadas.
É esta “elite esclarecida” que controla a opinião pública. É preciso não esquecer nem "fazer de conta". São estes jornalistas e comentadores que, em larga medida, determinam quais os governos que “se aguentam” e quais os que “sucumbem” às polémicas, muitas delas artificialmente criadas e mantidas.
È esta comunicação social que passa a vida a acusar os políticos de irresponsabilidade, de impreparação, que é incapaz de assumir a sua parte de responsabilidade sobre o rumo que o País tomou, especialmente, nas últimas 2 décadas.