Enquanto a percepção interna, fortemente influenciada pelos mídia que - todos os dias - apregoa o “armageddon” -, lá de fora a perspectiva parece ser um pouco diferente…
O pico histórico do risco de incumprimento desde o início da crise da dívida soberana portuguesa ocorreu a 30 de Janeiro de 2012 com um nível de risco de 73,32%, ocupando o 2º lugar no referido "clube. Na altura o assunto abria telejornais e era destaque nas manchetes.
Decorrido menos de 1 ano, Portugal passa da 2ª para a 9ª posição no grupo de 10 países com mais alta probabilidade de entrar em incumprimento num horizonte de cinco anos.
Mas os bons indicadores não se resumem à perspectiva externa..."cá dentro" - em contracorrente com o frenesim diário que marca os diversos órgãos de comunicação social e como já se havia dado conta aqui no blog - constata-se que, afinal, as poupanças dos portugueses estão a subir.
Obviamente, a retracção do consumo decorre da diminuição de rendimentos imposta aos portugueses. Mas, até que ponto o clima de medo induzido em qualquer pessoa que lê jornais, ouve a rádio ou vê televisão, não contribui também para a "asfixia da economia"?