Nas últimas semanas, o jornal i, tem vindo a disputar com o Público o título da “manchete mais intriguista”. Está a ser uma luta interessante!
Nos dias que correm, um dos principais objectivos de diversos órgãos de comunicação social, parece ser forçar uma ruptura entre o PR e PM. Costuma dizer-se que “Sem ovos não se fazem omeletas”, mas isso não se aplica a indivíduos com a capacidade intelectual, a destreza e a ética jornalística como os que abundam nas redacções do nosso querido País. Vejamos como se cozinha uma boa intriga e fabrica uma boa polémica mesmo sem PM e PR estarem presentes...
Tudo começou no debate parlamentar da passada 6ª feira. Governo e oposição – já se sabe que no Parlamento nunca é possível discutir algo sério, o fundamental é tentar “ficar bem” no resumo que passará no telejornal -, trocavam os habituais galhardetes. A certa altura o Dr. A.J. Seguro falava sobre a hipótese de eleições antecipadas e afirmou que “se houver crise política, será da responsabilidade do Dr. Passos Coelho e do Dr. Paulo Portas, porque os senhores têm uma maioria absoluta neste parlamento”.
Na resposta, Passos Coelho disse que concordava com Seguro e que “este governo só não concluirá o seu mandato se os partidos que apoiam o governo, ou o próprio governo, não quiserem”.
E agora, digam lá se não é preciso ter um pouco de génio para transformar um episódio cujos protagonistas são exclusivamente o líder do governo e da oposição, nesta capa:
O momento seguinte será, à primeira oportunidade, colocar um microfone à frente de Cavaco Silva e perguntar “Sr. Presidente! Sr Presidente! Como responde ao 1º Ministro, nomeadamente, a afirmação de que o governo não tem de prestar contas ao Presidente da República?”
Diz que é Jornalismo...