17 janeiro, 2013

Filhos e enteados da Comunicação Social portuguesa...

 

Em resposta à questão “o que farão as tropas francesas aos terroristas no Mali”, Hollande respondeu. “Destruí-los”. Depois emendou, dizendo “fazê-los prisioneiros se possível”.

Imediatamente, pensei nas repercussões destas afirmações. Mas, como foi Hollande, quer os indignados profissionais, quer o jornalismo militante, não dedicaram qualquer atenção ao episódio.
 
Imagine-se, por exemplo, as mesmas declarações na boca de um presidente americano (que não Obama…). a polémica que daria:

“Declarações de presidente dos EUA chocam comunidade internacional”.

Associações de Direitos Humanos emitiriam comunicados indignados com tais afirmações.

Jornalistas e comentadores apontariam a contradição destas palavras com os princípios basilares de qualquer Estado de Direito.
 
Enfim, o habitual corropio…

Bottom line...
A forma (discriminatória) como os assuntos internacionais são tratados na comunicação social portuguesa constitui, talvez, o melhor indicador da falta de imparcialidade ideológica do jornalismo luso. Talvez porque, no plano nacional, sendo mais visível e flagrante a falta de isenção política para o cidadão comum, torna-se mais descarada a constante colagem do jornalismo à esquerda…  há mais pudor.

Neste tema – da frequente adopção de um critério jornalístico parcial, normalmente alinhado “à esquerda” – reside o motivo da criação deste blog. E as evidências abundam…