22 fevereiro, 2013

Comunicação Social, a verdadeira oposição

 
Outro caso exemplar do que é este Jornalismo de Intriga… 

Para aqueles que têm alguma memória, concerteza se recordarão do clima criado à volta da possibilidade de Cândida Almeida ser uma das candidatas a substituir Pinto Monteiro como PGR, felizmente, para aqueles com fraca memória e que (ainda) “comem” tudo o que esta comunicação social esquerdista “lhes serve”, também existe a pesquisa do Google!

No final do Verão de 2012, rezavam assim as notícias propaladas pelas redacções:

“Cândida Almeida na calha para PGR O nome da procuradora-geral adjunta Cândida Almeida deverá ser o escolhido para substituir o Procurador-Geral da República, Fernando Pinto Monteiro, que termina o seu mandato a 12 de Outubro”

Ora bem, se “a Direita” se preparava para escolher Cândida Almeida para PGR, obviamente, existia aqui alguma cumplicidade entre a Srª e os partidos da coligação… e, claro, neste cantinho socialsta, logo surgiram notícias a dar conta dessa "realidade":

“…Cândida Almeida, tida nos meios judiciais como uma figura próxima do PS, reunir também apoios nas áreas do PSD e do CDS. Refira-se, por exemplo, a sua recente participação na Universidade de Verão dos sociais-democratas.”

Através da TV, rádio e jornais, passamos então a constatar essa proximidade entre a “futura” PGR e o PSD… “A directora do Departamento de Investigação e Acção Penal falava à chegada a Castelo de Vide, onde vai ser oradora num jantar-conferência no âmbito da Universidade de Verão do PSD.” E, simultaneamente, que esta Srª “tão próxima” do PSD defendia teses como “Portugal não é um país corrupto” e que, embora, defendesse “… alterações legislativas pontuais no combate à corrupção, mas garante que nesta matéria não deve haver uma caça às bruxas.”

 
 
E pronto, o cidadão comum português, ciente que neste País os casos de corrupção que envolvem políticos nunca chegam ao fim, ficava assim “informado” que entre PSD, CDS e Cândida Almeida já estaria tudo acertado! E podriam concluir: se esperavam um(a) novo(a) PGR que enfrentasse a corrupção, tirassem o “cavalinho da chuva”, a maioria já tinha escolhido alguém que não considera Portugal e os seus políticos um país corrupto…

Entretanto, passadas umas semanas, soube-se que a escolha para PGR, recaiu, não em C.A. mas em Joana Marques Vidal. Nem sei, mas até devem ter surgido daquelas notícias típicas“ … o Governo recuou na decisão.” Ou “… viu-se obrigado a recuar…” 

Alguns meses depois (Fevereiro)…

Na última semana, veio a público a decisão de substituir Cândida Almeida (aquela Srª próxima do PSD, lembram-se?) à frente do DCIAP. Habituados à falta de memória dos nativos, eis que as redacções – incluindo os mesmos que insinuavam exactamente o contrário há 4 meses - se colocam no terreno a sugerir que essa substituição está relacionada com investigações que estaria a dirigir envolvendo as figuras do PSD:

“Relvas e Jardim investigados por Cândida Almeida”

“Cândida Almeida está a investigar o presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim pelas contas da Madeira e também o ministro Miguel Relvas por alegada favorecimento à empresa Tecnoforma onde trabalhou Pedro Passos Coelho”

“Cândida Almeida pediu para levantar imunidade de Jardim"

A procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, garante que processou procuradores apenas devido a fugas de informação. Além de Jardim por causa das contas da Madeira, o DCIAP investigava o caso entre Relvas e a Tecnoforma”
E pronto, numa reviravolta daquelas em que o Jornalismo militante é exímio, Cândida Almeida passou à categoria de “justiceira ”, a nova PGR é que passou a ser a “defensora” da maioria (e, coitada, passa a vida a desmentir isto e aquilo), e os indignados do costume, embalados pelos camaradas da comunicação social esquerdista, andam a pregar contra a impunidade de Relvas, Jardim e Passos Coelho… cantando “Grândolaaaaa…..vila……”.


Não é em África, nem em Cuba ou Coreia do Norte, diz que é jornalismo de um país da Europa Ocidental… Por estas e por outras, aqui se pergunta:


“Com jornalismo assim, quem precisa de censura?...”