Acabo de ler este post de Helena Matos, que descreve as recentes manifestações ocorridas em terras gaulesas, particularmente, o seu crescendo de violência. Apesar deste cenário – e como bem constata HM -, o nosso jornalismo caseiro tem mantido um manto de silêncio sobre o assunto. Mas não foi sempre assim…
Em meados de 2012, aquando da vitória de "Hollande, o crescimentista", os media diariamente nos traziam notícias desse grande “irmão socialista”, o homem que iria por fim à “política de austeridade” e abrir caminho a um mundo novo. Diárias, igualmente, eram as notícias que nos davam conta da aliança estratégica entre Seguro e Hollande, juntos, iriam “pressionar a Europa a apostar em políticas de crescimento”
Interlúdio Conspirativo:
Só por si, a redação deste tipo de notícias na redacção do Expresso, dava “pano para mangas”… estaria alguém interessado em patrocinar uma campanha para reforçar o estatuto de Seguro?!
Recordar que, uns meses depois, “pela mão” de Balsemão, Seguro e Portas foram à reunião anual do Clube de Bilderberg. Essa reunião teve lugar em Junho de 2013. Um mês depois, Paulo Portas – mesmo à revelia dos seus apoiantes mais próximos -, anunciou a sua demissão e os acontecimentos tiveram o desfecho conhecido.
Entretanto, depois da retórica do “crescimento económico” que tanto convinha à esquerda, a realidade impôs-se. Cedo se constatou que as palavras e os discursos estavam nos antípodas dos resultados produzidos pela governação socialista: o desemprego continuou a subir, os impostos continuaram a subir, novos cortes no estado social foram sendo implementados, etc.. E assim, como a realidade da acção governativa de Hollande já não colava com a narrativa do jornalismo militante, em meia dúzia de meses, Hollande desapareceu dos telejornais (e dos discursos de Seguro, também…)
Só por si, a redação deste tipo de notícias na redacção do Expresso, dava “pano para mangas”… estaria alguém interessado em patrocinar uma campanha para reforçar o estatuto de Seguro?!
Recordar que, uns meses depois, “pela mão” de Balsemão, Seguro e Portas foram à reunião anual do Clube de Bilderberg. Essa reunião teve lugar em Junho de 2013. Um mês depois, Paulo Portas – mesmo à revelia dos seus apoiantes mais próximos -, anunciou a sua demissão e os acontecimentos tiveram o desfecho conhecido.
Entretanto, depois da retórica do “crescimento económico” que tanto convinha à esquerda, a realidade impôs-se. Cedo se constatou que as palavras e os discursos estavam nos antípodas dos resultados produzidos pela governação socialista: o desemprego continuou a subir, os impostos continuaram a subir, novos cortes no estado social foram sendo implementados, etc.. E assim, como a realidade da acção governativa de Hollande já não colava com a narrativa do jornalismo militante, em meia dúzia de meses, Hollande desapareceu dos telejornais (e dos discursos de Seguro, também…)
Esta selectividade dos órgãos de comunicação social portugueses, é uma das suas imagens de marca. Já aqui no blog se demonstrou que não é a importância ou dimensão intrínseca de um qualquer acontecimento, que determina a sua visibilidade. Neste post, por ex., pudemos constatar como o jornalismo pode operar verdadeiros “milagres”, transformando manifestações com oito ou nove pessoas, em algo mais relevante e visível, que outras que contam milhares .
Neste caso, enquanto Hollande serviu para mostrar que existia alternativa às “políticas de austeridade” e as suas terríveis consequências (defendidas por Merkel e Passos, esses malfeitores…), o simpático Sr. era nossa visita diária em casa através dos telejornais. A partir do momento em que o efeito Hollande passou a desilusão, Hollande sumiu!
Notícias, manifestações, factos, etc., ora são silenciados, ora são amplificados, de acordo com o critério jornalístico. Não se discutem os assuntos pela sua substância, sendo antes tratados como instrumentos para atingir um objectivo predeterminado, invariavelmente, alinhado com o pensamento e corrente ideológica reinante nas redacções....
Notícias, manifestações, factos, etc., ora são silenciados, ora são amplificados, de acordo com o critério jornalístico. Não se discutem os assuntos pela sua substância, sendo antes tratados como instrumentos para atingir um objectivo predeterminado, invariavelmente, alinhado com o pensamento e corrente ideológica reinante nas redacções....
Com jornalismo assim, quem precisa de censura?...