18 maio, 2015

O (defunto?) JN e o editorial dos “cheira-cus”…

Pelo seu conteúdo mais regional e até por algum distanciamento em termos de perspetiva em relação aos diários da capital, em tempos, dava alguma prioridade ao JN. Nos últimos tempos, apesar da veia nortenha, o esforço despendido para o ler era cada vez maior. No entanto, depois deste fim de semana e, designadamente, o nojo que é este editorial, desisto…
 

“Juntemos dois ou três canídeos e observemos. Rodopiam sobre si próprios, cada qual cheirando o traseiro do outro. Na minha terra, chamamos cheira-cus a este impulso irracional que é também tão comum no condomínio privado em que se transformou a política caseira, comentadores e politólogos incluídos.

Isto, a propósito da fumaça gerada pelo lançamento da biografia de Pedro Passos Coelho e do episódio da revelação de que Paulo Portas…”



Quem escreve este editorial e eloquente alegoria aos “cheira-cus”, é Afonso Camões (ainda diretor do JN, presumo). Recordar apenas isto: A.C. foi administrador da Agência Lusa desde 2005, após a vitória de Sócrates. Em 2009, passa a presidente do Conselho de Administração, cargo de onde saiu para a direção do JN em maio de 2014.


Terá sido já em Maio de 2013, que surge nas escutas telefónicas do preso 44 (ver links): é em Macau, em plena visita oficial do Presidente da República Cavaco Silva, que terá sido escutado a informar o próprio Sócrates que estaria a ser investigado e que correriam rumores da sua detenção (oh! pobre segredo de justiça...). Em outras escutas, surge citado em conversas mantidas entre Sócrates e Daniel Proença de Carvalho a propósito do domínio do grupo Controlinveste (proprietário de JN e DN). Segundo informação avançada pelo Correio da Manhã, terá sido Sócrates quem escolheu Afonso Camões para diretor do JN.



Como é fácil de constatar, muito haveria a dizer sobre a temática dos “cheira-cus”… nem vale a pena. É muito triste ver um jornal que em tempos li, servir de palco para algo que, no mínimo, é um insulto à inteligência dos seus leitores.
 
 
R.I.P., Jornal de Notícias.
 
 

1 comentário:

  1. R.I.P., Jornal de Notícias.

    Também deixei de comprar, assim como o Expresso e o Público.

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