29 maio, 2015

Difícil, difícil, é estancar a epidemia de notícias alarmantes a cada noticiário da TSF…

 
São 8.30h. Sintonizo a TSF para ouvir o noticiário.
 
Uma das notícias em destaque, é o caso confirmado de tuberculose na cadeia de Beja. Logo oiço um Sr. do sindicato a revindicar a abertura de um inquérito e pedir a substituição – demissão, bem entendido - do Diretor do estabelecimento prisional e do Chefe dos guardas “se forem apuradas falhas”
 
O que me ocorre dizer sobre isto:
  • se o inquérito vier a apurar o desrespeito das regras básicas de higiene por parte dos próprios guardas envolvidos, que penalização defende o Sr. do sindicato para esses funcionários? (existe um rastreio em curso, existindo 7 casos suspeitos: 5 guardas prisionais e 2 funcionários administrativos);
 
  • e se algum dos testes acusarem um resultado positivo: como estabelecer relação “causa-efeito” com um contacto em particular? Milhares de casos de transmissão ocorrem, por ex., em transportes públicos;  
  
Em Portugal, todos os anos, existem cerca de 20.000 casos de tuberculose e parece que nos anos mais recentes – oh! maldita austeridade, oh! assassinos  cortes na saúde! – a taxa de incidência está a descer (ver notícia em baixo).
 
Porque será que a redação da TSF, entre tantas dezenas de milhares de casos, nunca deu atenção a esta temática e nunca deu voz (promoveu?...) à indignação de tantos outros portugueses? Quantos noticiários poderiam ter discorrido sobre as razões da propagação da doença, sobre a punição – caso tenham existido “falhas” - de diretores, gerentes, administradores, etc., das entidades empregadoras dos infetados com tuberculose…
  
Porquê TSF, qual o critério?! Já tentarem obter a declaração do Secretário de Estado sobre o assunto? E da Ministra? 
 
 
Nota: “felizmente” isto aconteceu no do estabelecimento prisional de Beja. Imagino o que sucederia nos próximos dias se fosse em Évora…
 
 
E agora alguma informação sobre Tuberculose em Portugal (fonte, Público):
 
"Panorama nacional

A tuberculose tem vindo a diminuir de forma consistente em Portugal e, segundo o comunicado do director-geral da saúde, Francisco George, os dados provisórios para 2014 apontam que, “pela primeira vez desde que há registos”, Portugal vai ficar abaixo da barreira, tida como “linha vermelha”, dos 20 novos casos por 100 mil habitantes. Portugal era, até ao momento, o único país da Europa Ocidental com níveis de incidência de tuberculose superiores a este valor, que corresponde ao limiar de baixa incidência definido internacionalmente.
 
Os dados provisórios notificados à DGS indicam 1940 novos casos de tuberculose em 2014, o que corresponde a uma redução da taxa de incidência dos 21,1 novos casos por 100 mil habitantes registados em 2013 para os 18,7 casos. No entanto, as directivas mais recentes da OMS apontam para uma redução do limiar de baixa incidência para metade, o que coloca Portugal novamente como um país de incidência intermédia." 


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