03 abril, 2014

De facto, só a Realidade supera a Ficção...


No que diz respeito a notícias ficcionadas, sou fã incondicional deste sítio, Imprensa Falsa:

"Relógios avançam uma hora no próximo domingo: Seguro diz que é ‘pouco’

 
 No próximo domingo, os relógios adiantam todos uma hora.  «É  pouco», defende o líder da oposição. «Depois de tanta austeridade, de tantos milhões roubados ao rendimentos dos portugueses e das portuguesas, o que é que o Governo conseguiu? Que os relógios avançassem uma hora… uma hora, minhas amigas e meus amigos», lamentava Seguro, esta noite, num jantar com socialistas."
 
 
Coisa completamente diferente, são os meios de comunicação social portugueses "à séria"... Estes, talvez como nenhum outro, abordam qualquer assunto com uma lucidezcoerência desarmantes, sendo incapazes criticar algo ou alguém, por mera birra ou ressabiamento. Veja-se a cobertura da célebre "factura da sorte": 
 
"Quer o carro do fisco?"
 
"O bastonário lembrou que as famílias estão a viver tempos de dificuldades económicas e que poderão ganhar um carro, no sorteio, sem meios para o sustentar."
 
 
 
"Audi das faturas pode custar até 365 euros por mês a cada premiado"
 
(notícia do Expresso, Grupo Impresa)

 

Obviamente, títulos de notícias como estes nada têm em comum com os conteúdos de um jornal satírico. Será que não?... 
 
 
 

(algumas fotos de sorteios da SIC, Grupo Impresa)
 
 



 
De forma alguma se usa este tema (como outros...) para "malhar no governo"! Não há aqui nenhum ressabiamento ou má vontade, da comunicação social por motivos de ordem ideológica... 
 
Obviamente, a indignação de alguns meios de comunicação social com o tema "factura da sorte", está relacionada com questões de fundo, com questões de principio...
 
 

Pena é que os cidadãos não saibam, não reconheçam, a sorte que têm por poder contar com a clarividência do jornalismo e das redações lusas. Sem estes meios de comunicação social, como poderiam os portugueses formar opinião sustentada e coerente sobre qualquer assunto!?