Num País onde
muito se fala sobre solidariedade - especialmente neste período mais recente, em que frequentemente se aponta aos países mais ricos (como a Alemanha) o facto de não ajudarem os mais pobres -, é curioso que o tema das disparidades regionais
de riqueza em Portugal sejam quase um tema tabu.
E que, segundo o
mesmo indicador de riqueza, um cidadão residente na capital mais do que
triplica o valor do mesmo indicador relativamente a um compatriota da região do
Tâmega?
Será que faz
sentido o discurso “pedinchão” e carregado de chantagem emocional, que frequentemente circula na comunicação social, imputando a Merkel e ao povo alemão, uma
suposta falta de solidariedade com o povo português (e outros) se, dentro das nossas
próprias fronteiras, convivemos com estes níveis de desigualdade e injustiça?