18 agosto, 2014

Daria um excelente "Escândalo!", se fosse para malhar na Direita....


Há cerca de 1 ano, publicou-se aqui no blog (via DoPortugalProfundo) este estranho caso entre a CM Lisboa e o BES:

"Como aqui no blog já foi referido, uma das principais formas de censura praticada pelos órgãos de comunicação social portugueses, passa pela selecção daquelas notícias a que se dá visibilidade e grande destaque nos media e (por razões também aqui já discutidas) aquelas que são esquecidas ou “sonegadas” ao grande público… 

Daqui, podemos constatar mais um desses exemplos da “selectividade” das redacções. A matéria em causa diz respeito à CM Lisboa e o eventual favorecimento do BES numa decisão que envolve alguns milhões de euros. No entanto, a nossa comunicação social - talvez pelas figuras que seriam atingidas se o caso fosse elevado à categoria de "Escândalo" - não considerou o assunto relevante para o colocar nas capas dos jornais,  dar destaques e abertura de  telejornais, etc...
 
Enfim, “Daria um excelente "Escândalo!", se fosse para malhar na Direita....”.

NOTA: Sem dúvida interessante neste caso, verificar como os “anti-banca” BE e PCP, não se manifestaram grande indignação com estas manobras …
 
 

Os costados do Costa

As notícias do Sol/Lusa, de 5-5-2013, e do Público/Lusa, de 9-5-2013, sobre uma denúncia anónima relativa a um alegado «favorecimento» da Câmara Municipal de Lisboa «ao Banco Espírito Santo (BES) em detrimento do Santander Totta», numa cessão de créditos no valor de 5,75 milhões de euros, passaram sem grande indignação. Diz o Público que a denúncia alega:
«a autarquia, através da vereadora das Finanças, Maria João Mendes, ter exigido, segundo a denúncia, o visto prévio do Tribunal de Contas apenas no caso de a EPUL assinar o contrato com o Santander. Se o contrato fosse firmado com o BES, a Câmara prescindia desse visto. Ora, segundo uma fonte do Tribunal de Contas ouvida pela Lusa, "as cessões de créditos não estão sujeitas a visto".»
De relevo, o facto de a CM Lisboa ter reagido à notícia pelo vice-presidente, arq.º Manuel Salgado, que detém os pelouros do Urbanismo e Planeamento Estratégico e, dizem as boas línguas, gere a Câmara no dia-a-dia. António Costa escondeu-se..."
 
 
Entretanto, em finais de Julho, o Público dá a conhecer esta interessante notícia que volta a ligar a CM Lisboa e o Hospital da Luz do mesmo Grupo E.S..
 
"Os 12 milhões de euros que a Câmara de Lisboa inscreveu no seu orçamento deste ano como receita prevista para a venda do terreno em que está instalado o quartel dos bombeiros municipais situado ao lado do Hospital da Luz não chegariam para cobrir os 12,3 milhões de euros, pelo menos, que investiu naquelas instalações.
 
Caso consiga vender o lote apenas pelo valor base pelo qual ele irá à praça, o município ficará longe de cobrir o investimento já feito e aquele que terá de fazer para adquirir um terreno alternativo e construir um novo quartel.
 
Tal como o PÚBLICO noticiou, o executivo dirigido por António Costa aprovou no dia 9 deste mês uma proposta que prevê a venda em hasta pública do lote de terreno em que se encontra um quartel da terceira companhia do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB), bem como o museu do regimento e a Sala de Operações Conjunta (SALOC), onde está centralizado o comando de todos os serviços de bombeiros e protecção civil da cidade, que serão demolidos. Embora o orçamento camarário aponte para um encaixe de apenas 12 milhões de euros com essa operação, as avaliações mandadas efectuar pelo município determinaram que a base de licitação da hasta pública venha a ser de 15,8 milhões de euros.

(artigo completo)"
 
Pergunta-se: atendendo aos factos que vêm dominando a agenda mediática nas últimas semanas, que "ingrediente" faltará a estes casos para que o jornalismo e as redações, os façam chegar aos telejornais?!

Que matéria faltará aqui para termos uma boa polémica a alimentar capas de jornais?!..

Será a "cor" dos protagonistas políticos envolvidos, que não é a "mediaticamente correta"?
 
Outra pista para este "mistério": Filhos e Enteados da Comunicação Social.